Clínica da Dependência Afetiva

A dependência afetiva é uma estratégia de rendição conduzida pelo medo com a finalidade de preservar as coisas boas que a relação oferece. Sob o disfarce de amor romântico a pessoa dependente afetiva sofre uma alteração profunda na sua personalidade de modo gradual até se transformar numa espécie de "apêndice" da pessoa amada. Ela obedece e se subordina ao amado para evitar o sofrimento. Eis algumas expressões comuns dessa condição do vício afetivo:

  • "Minha existência não tem sentido sem ela";
  • "Vivo por ele e para ele";
  • "Ele é tudo para mim";
  • "Não sei o que faria sem ela";
  • "Se ele me faltasse, eu me mataria";
  • "Preciso de você".

Em muitos casos, não importa o quão nociva é a relação, as pessoas são incapazes de por um fim nela. Em outros, a dificuldade reside numa incapacidade para lidar com o abandono ou a perda afetiva. Ou seja, não se conformam com o rompimento ou permanecem, inexplicável e obstinadamente, numa relação desfavorável.

Quando o bem-estar da presença do outro se torna indispensável, a urgência em encontrar o amado não o deixa em paz, e o universo psíquico se desgasta pensando nele, bem-vindo ao mundo dos viciados afetivos.

De forma mais específica, se poderia dizer que por trás de toda dependência há medo e, subjacente a isso, algum tipo de sentimento de incapacidade. Por exemplo, se não me sinto capaz de tomar conta de mim mesmo, terei medo de ficar só e me apegarei às fontes de segurança disponíveis representadas por diferentes pessoas. O apego é a muleta preferida do medo, um calmante com perigosas contra-indicações.

O primeiro passo já é a mudança!

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