Compulsão Sexual

A sexualidade humana expressa e realiza o ser integral de cada pessoa. Faz parte das experiências do cotidiano como fonte de prazer, realização emocional e estruturação da nossa identidade. É muito influenciada pelos aspectos socioculturais e cada indivíduo é tocado em sua particularidade, pelo meio em que vive. Uma vez que os valores sociais das culturas são dinâmicos, as condutas sexuais se alteram constantemente. Assim, não é tão fácil mensurar um padrão de normalidade para a atividade sexual. Podemos, portanto, estar apenas diante de uma questão de saúde, ética ou meramente íntima de cada indivíduo.

Segundo determinações em psicopatologia, a compulsão sexual pode ser entendida como distúrbio ou patologia, quando causa sofrimento emocional para a pessoa, com prejuízos consideráveis na dimensão relacional, afetiva e familiar. Ou seja, o limite pode ser percebido quando a pessoa começa a machucar a si mesma e ao outro.

O indivíduo se ocupa da masturbação compulsivamente ou do ato sexual - que em algumas vezes pode ser pela prostituição - quase que integralmente, apesar de estar diante da possibilidade de perder suas relações amorosas. Quando tenta controlar o impulso sexual intenso, a pessoa experimenta uma grande tensão e ansiedade, que a faz retornar à atividade sexual, com posterior estado depressivo.

Além disso, este estado patológico também pode causar danos à profissão e prejuízo financeiro, devido aos gastos extras decorrentes da necessidade da expressão sexual a qualquer custo. Gastos estes que incluem, muitas vezes, o uso de substâncias psicoativas, como álcool e drogas, as quais estão relacionadas à necessidade de desinibição do comportamento. Quase sempre o objetivo é intensificar o prazer ou abrandar a vergonha e a culpa, que são comuns nestes casos.

Segundo a Psicanálise, o desejo é o que movimenta o homem. No entanto, especialmente os desejos sexuais, estão sempre em conflito, seja com convenções sociais, com a própria realidade ou, ainda, simplesmente por existirem. Freud afirmava que tais desejos são fundamentais à saúde, mesmo que nunca satisfeitos totalmente. O ser humano deseja o que não tem ou aquilo que perdeu, e esses desejos não satisfeitos e reprimidos podem gerar angústia e ansiedade, ou serem causas de expressões sexuais surpreendentes e até perturbadoras, a ponto de culminar no comportamento compulsivo. 

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